
Pois bem, é madrugada e não consegui dormir, e como eu tenho um gosto muito peculiar por questões sem respostas, decidi postar a seguinte questão: Qual a problemática em ser você mesmo?
Ao passar pelos portões de sua casa, automaticamente lhe cai uma máscara no rosto, socialmente padronizada; essa mesma máscara seu vizinho veste, seu funcionário, sua empregada...
O autêntico perdeu espaço, não lhe convém ouvir uma pessoa que lhe diz a verdade o tempo inteiro não é? A pessoa autêntica hoje é conhecida como “estranha”, “diferente”. O engraçado é que quando você ouve de alguém esse “adjetivo”, por exemplo, a entonação sempre soa como pejorativa.
Experimente ser você. Esqueça propositalmente a máscara em casa, saia de casa “nu” e veja o que acontece. Não estamos preparados para isso; o individuo até pode estar, mas ele inserido nessa sociedade, não.
É sofrível você ter uma centena de problemas e ter de sorrir para o primeiro que lhe perguntar como vão as coisas. Compreenda, porém, que eu não estou dizendo para fazer esse primeiro infeliz que encontrou no elevador, de divã; estou apenas sugerindo autenticidade, sinceridade. Se não está tudo bem por que dizer que está?
Se ele não saberá se portar diante de um “Não está nada bem, meu filho passou a usar drogas”, o problema é dele, não perguntasse nada, pois.
(aqui cabe um parêntesis; que porcaria são aquelas pessoas que entram no elevador olhando diretamente para o chão e lhe dão bom dia como se aquilo fosse uma obrigação?! “Diga bom dia, senão morre!” Mal sai a palavra, geralmente ela soa algo parecido com “bongia” só que bem baixinho de forma a parecer um verdadeiro “bom dia!” e geralmente após o “bongia” eles fixam um ponto no teto do elevador e de lá só tiram os olhos para sair. Toscos!)
Exemplo – 1:
“Eu sou muito bom naquilo que faço, não conheço ninguém melhor” Arrogância? Mas o que é a arrogância? Shopenhauer indaga "O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita, através da qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não têm?"
O erro está na modéstia ou na sinceridade socialmente conhecida como arrogância? Fale a verdade, você passa uma vida inteira estudando, torna-se o melhor profissional da área para depois de tudo se desculpar por ser bom? Suas qualidades são o melhor em você, então as assuma, trata-se de reconhecimento e justiça consigo.
Exemplo – 2:
“Bom dia! Tudo bem? Como vai a família?” Educação? Quem disse que isso é ser educado e qual o seu interesse por trás de criar uma sociedade tão mecânica?
Troco todos os “bom dia” e as "preocupações" sobre minha saúde a cada tosse que dou, por menos lixo no chão e menos fechadas no trânsito. Esses atos de educação e bom senso, que são verdadeiramente importantes e úteis, não se vêem por aí. Que utilidade tem perguntar como vão as coisas, se podemos demonstrar educação de forma muito mais útil?
Trocar tais hábitos é fazer a revolução interna, é evoluir, deixar de ser o gado. Há um preço a ser pago, seja rico de personalidade e pague.
Entrei no msn hoje pensando nisso... que to cansada de dizer "sim, tudo bem".
ResponderExcluirTem uma cena perfeita no Waking Life que traduz isso: quando o protagonista esbarra numa mulher e pede desculpa. Ela diz que não quer ser uma formiga no piloto automático, algo assim. Lembra?
Essas pessoas do "bongia" só trazem uma vantagem: quando alguém faz o oposto disso, se torna especial, diferente. Presto atenção em quem aperta minha mão com firmeza, olha no olho para perguntar se está tudo bem, sorri sinceramente, essas coisas... Mas confesso que nem eu sou sempre assim, dependendo do dia.
Eu adorei quando li isso do Shopenhauer no seu perfil uma vez.
E por fim, trocaria FÁCIL esses gestos obrigatórios de educação por um mundo mais limpo!
Uau, foram vários comentários em um.
Bom dia sincero para você!
E um super mega beijããão
Sophia
Soap Opera Woman: Excuse me.
ResponderExcluirWiley: Excuse me.
Soap Opera Woman: Hey. Could we do that again? I know we haven't met, but I don't want to be an ant. You know? I mean, it's like we go through life with our antennas bouncing off one another, continously on ant autopilot, with nothing really human required of us. Stop. Go. Walk here. Drive there. All action basically for survival. All communication simply to keep this ant colony buzzing along in an efficient, polite manner. "Here's your change." "Paper or plastic?' "Credit or debit?" "You want ketchup with that?" I don't want a straw. I want real human moments. I want to see you. I want you to see me. I don't want to give that up. I don't want to be ant, you know?