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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

É particular.



Jamais ousei escrever com raiva, com mau humor já o fiz algumas vezes; todavia sempre contido.

Dessa vez quero me deixar levar, deixar o pensamento fluir, sem medo do que possa parecer com as minhas palavras, a final, to anônimo, porra!

Hoje o dia começou muito esquisito para mim, e pior que isso só o fato desse “esquisito” estar sendo ótimo.

Acordei com mega mau humor, só que não é um mau humor qualquer, ele está acompanhado com algo a mais, algo gostoso de sentir, nunca experimentei essa sensação. É um algo que trás até um pouco de euforia, de tão prazeroso que é, tentarei (não garanto, com sucesso) fragmentar, na medida do possível.

Sabe aqueles dias que você tem que ficar na cama de qualquer jeito? Pois bem, hoje assim foi. A começar pelo trânsito e pela visível noção de que há a cada dia mais imbecís nas ruas, cometendo erros incríveis com seus carros (financiados em 3541541220425 suaves prestações, em alguns casos), achando que são donos da rua.

Situação até aí normal para ficar mal humorado, mas eu senti um desprezo tão grande pelas pessoas que cometem essas atrocidades nas ruas que confesso que mais dei risada do que gritei com (como se adiantasse) diversos murros no volante como comumente faço, porém sem deixar de sentir a raiva absurda de sempre; estranho? Também acho.

Fui para a faculdade, mas não agüentei ficar até o final da aula, sempre foi muito triste e desprezível, observar que existem pessoas que acreditam que a universidade é como nos filmes “American Pie Style”. Hoje então foi bizarro demais para meu estômago; agradeço por não ser a maioria, mas a minoria hoje estava exponencialmente ampliada, aos meus olhos.

Para piorar (ou melhorar, não sei ao certo) estou lendo um livro chamado “Caim” de José Saramago; cheguei a pensar em todos os livros que cheguei a ler, no que concerne à ficção, e não encontrei livro que me pudesse cair melhor do que esse para meu atual estado de espírito minha “coisa boa” multiplicou-se por vezes que não saberia expor com exatidão aqui, aliás, confesso que estou lendo e relendo o que escrevi aqui, e nada está sendo descrito com exatidão, pois.

Está me dando uma vontade enorme de apagar, mas quero postar isso para “amanhã” poder dar risada da minha imbecilidade em tentar traduzir um sentimento que não tem nome, talvez.

Numa tentativa de resumir essa porcaria de coisa que não sei o que é, digo que o que sinto hoje é um amor fati além do normal, por diversos momentos do dia agradeci por agir da forma que sempre ajo e, principalmente por não agir como a maioria age.

Todo o desprezo, toda a raiva, todas as risadas... Foram eles pura e simplesmente, uma forma de agradecimento a tudo que um dia contribuíram para minha formação, no que concerne à personalidade que hoje tenho; sejam os livros, as músicas, os (poucos) amigos, tudo.

Estou terminando o post por pura preguiça, e para falar a verdade, com a certeza que logo irei apagar esse monte de porcaria cá descrita.

E se ainda não percebeu, não escrevi e nunca escrevo para você, esse blog foi feito para todos, mas principalmente para ninguém.

Na próxima postagem, dedicarei meu tempo para (tentar) falar um pouco de mim (nunca o tentei) evidentemente com as ressalvas que um escriba anônimo deve sempre ter.

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