
E por que essa tendência a “autodestruição”? Por que ouvir Radiohead, quando o natural seria colocar System of a Down no último volume pela casa?
Esse tal e qual apego por esse estado é deveras estranho. É de se pensar, pois, que sentimos prazer em ficar nesse estado! Ainda que choremos, que sentimos aquela angústia que aperta nosso peito... Gostamos disso, procuramos por isso. Confesso até achar essa questão vencida (de tão óbvio que me parece o ora exposto), o que me faz ainda escrever é o porquê gostar disso.
Qual a chance de você ficar bem se o que faz é piorar as coisas? Por que não adiar uma conversa que pode ser indigesta, por que se sentir o sofredor dos sofredores? E GOSTAR DISSO!?!?!?!
Até agora fiz questões, as quais, confesso, não ter a mínima noção de como responder. Acordar se sentindo péssimo, no decorrer do dia só ouvir músicas de fossa, ficar pensando em como a vida é injusta (um insulto a vida, obviamente! Uma coisa só não pode te fazer “descartar” a vida inteirinha, considerando-a, pois, injusta), e ainda gostar disso, me parece inaceitável, no mínimo.
Adoro buscar explicações, imagino situações que, se a pessoa não for “criação minha” ou o contrário, certamente sinto que estou falando besteiras demais; haja vista o leque (que de tão grande chega ser absurdo) de possibilidades. Não fazer idéia como lidar com tal assunto incomoda, fico minutos pensando em colocar uma única palavra para acrescentar, e (damn it), não vem nada, o texto não evolui!
Pois bem, quando uma redação qualquer é feita, e dentro dela possuem questões não respondidas, abre-se automaticamente, margem para o leitor responde-las da forma que bem entender; é possível detectar quando o escriba não responde de propósito, quando provoca, mas às vezes falta domínio do assunto e as questões ficam sem resposta por isso.
Entenda esse texto como uma provocação do escriba, que não domina o assunto.
Acho que esse estado tem níveis: apatia, nostalgia suportável, mais criativo que o normal, sufocante, alguém-me-dê-cianureto-por-favor e por aí vai.
ResponderExcluirTambém não domino o assunto, nem tenho respostas.
Sophia
É um post antigo, mas acho que vou comentar assim mesmo.
ResponderExcluirA questão da depressão é puramente frustração com a vida (ou com ela como um todo, ou como a levamos). Porem essa frustração acaba gerando (ironicamente) uma graça na vida, é bom se questionar, e bom sofrer para se dar algum valor (ou melhor seria atenção) quando se sofre você está puramente sendo egoísta, pensando puramente na sua própria dor, esse egoismo gera uma felicidade interna não dita, que desemborca na sua recuperação em algum tempo. você nunca se viu depressivo, e na hora era a maior coisa do mundo, e depois de um tempo virou algo ridículo? que da ate vergonha? isso se da por que a frustração daquele momento passou.