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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Elo



Meu Pai.

A relação com meu pai nunca foi perfeita, mas já foi boa.

Acontece que perdi isso. Nos afastamos e imaginei que isso não iria causar grandes rombos na minha vida, isso até pouco tempo atrás. Quem leu meu texto do dia dos pais imaginou que eu não tinha uma relação muito boa com o velho.

Paguei pelo orgulho. Continuo achando que nunca tive culpa nenhuma nesse afastamento, mas esqueci o orgulho e tive uma conversa (como nunca antes) com meu pai.

Sinto falta da figura do pai que protege, que aconselha e até que cobra um desempenho melhor que o apresentado. Por incrível que pareça há muitos anos não tenho um pai assim e essa conversa foi para tentar mudar isso.

Quero esse pai pra mim. Quero dar uma nova chance para nós dois. Quero e preciso.

Meu pai é o elo perdido nesse tempo e acredito que o fiz entender isso.

Achei o elo, e um DVD que encontrei de uma viagem que fiz é o principal responsável.

Falei inúmeras vezes dele nas filmagens e isso serviu para mostrar para mim mesmo a importância, o carinho e o respeito que tinha por ele. Ele se perdeu no tempo junto com o DVD. Recuperei ambos.

Com a diferença de, no caso do Elo, não depender de mim sua reconstrução.

A minha parte eu fiz.

Agora e mais do que nunca, sei da importância que meu pai tem pra mim.

E ele também sabe.

(In)feliz ano velho



2011

O que posso esperar?

Esse ano foi muito complicado pra mim. Sem dúvidas o pior de todos que vivi.

Estresse na faculdade, no trabalho, na família; tudo que consegui esse ano (e não foi muita coisa) foi através de uma luta atípica.

As conquistas são mais valorizadas dessa forma, é verdade, mas como disse, não foram grandes conquistas; mais defendi meu espaço do que ganhei algum.

Senti mais do que nos anos anteriores a falta de alguém do meu lado, talvez até pelas dificuldades já expostas. Foram dias e dias vendo casais nas ruas e me sentindo quase que provocado por aquela felicidade nos sorrisos dos namorados. Não é difícil entender quando se está sozinho.

Como relatado há dois textos atrás, e implícito nas linhas daquele, direcionei meus olhos para uma pessoa, as coisas ficam menos complicadas dessa forma. Não adianta você buscar um relacionamento sem saber o que está buscando.

Vamos aguardar o desenrolar desse imbróglio.

No trabalho pude presenciar cenas de corrupção, e de um Judiciário que foi sucateado por interesses obscuros do Governo Lula. É complicado para um estudante, que tem a visão utópica de justiça, lidar com o dia-a-dia do judiciário, onde até para buscar um café, neguinho espera algo em troca.

É triste porque na verdade, todo estudante que entrou decididamente em seu curso, na universidade, é apaixonado pela profissão e isso cega um pouquinho a gente; o acordar é doloroso e “broxante”.

Não nego, porém, o importante passo que dei profissionalmente dentro do escritório que trabalho, assumi um posto importante e que não esperava assumir tão cedo. Triste é que foi preciso morrer um amigo para que isso fosse possível, mas é a vida.

Agradeço a confiança depositada em mim, e venho conseguindo levar sem turbulências essa nova empreitada.

Chega 2011 e ainda que seja apenas uma virada no relógio, não tem como, psicologicamente falando, você não sentir suas esperanças renovadas.

Eu sinceramente espero (e estou trabalhando para isso) que não tenha de lutar tanto, que as lutas não sejam tão cansativas, e que eu possa dividi-las com alguém, com Ela.

Nada é tão complicado quando se tem dois ombros para encostar a cabeça, dois braços para receber um abraço e um par de pernas disposto a caminhar um pouquinho com você.

Como pessoa, decidi melhorar, o texto anterior mostra bem como determinei a mudança. Nem tudo acontece como planejado, sei bem disso, mas se não sair como desejo, que eu passe perto ao menos.

Eu realmente espero muita coisa boa de 2011.

Até como forma de coroar todo o trabalho, luta e estresse de 2010.

Sei mais do que ninguém que mereço isso.

Quem é aquele cara?



Não me reconheci, não lembrava que tinha sido um dia daquela forma.

(Durante uma faxina em meu quarto encontrei um DVD que serviu para me dar uma “sacudida”)

Foi um despertar ver aquele DVD.

Até então eu sempre achei que havia algo errado. Que eu era meio fechado. Muito fechado. Não imaginava como poderia ser de outra maneira.

Pelo inconformismo causado, sentia que precisava mudar, mas até então não me imaginava de forma diferente da que sou, até que achei o tal DVD.

Trata-se de um DVD que gravei em uma viagem que fiz até Porto Seguro. Foi uma viagem meio louca, porque não era temporada de férias e (pasmem) eu e meus primos fomos daqui de São Paulo até lá de carro.

Estávamos em quatro. Reunidos e entediados aqui em São Paulo. Fizemos as malas, verificamos as possibilidades (financeiras de arcar com a gasolina) e fomos.

Gravamos toda a viagem. Fomos pelo Litoral, passamos em Guarapari-ES e lá dormimos uma noite. A viagem no total durou mais ou menos 15 dias.

Nas imagens, eu com 18 anos recém completados. Absolutamente solto. Meu semblante era leve, juro que era o que mais falava nas filmagens. Filmava mulheres na rua, me aproximava e falava uma série de bobagens que não convém dizer aqui.

Meu, com cinco minutos de vídeo eu já havia lembrado toda a viagem, ao passo que me perguntava – “Onde foi que me perdi?”.

Encontrar o elo rompido entre o que sou hoje e o que fui há cinco anos, eu já encontrei, e me pareceu tão óbvio que na verdade foi até estranho ter demorado. Tanto o despertar quanto encontrar esse tal “elo” rompido.

Pareceu tão fácil pra mim, que voltar a ser aquele cara mais extrovertido virou praticamente questão de sobrevivência.

Eu cansei de ser esse cara fechado que quando as pessoas conhecem, têm a primeira impressão sempre negativa (sem exageros, galera, é SEMPRE negativa).

Quero estar aberto ao que vem de bom por aí. Quero deixar de reclamar do barulho quando a oportunidade bater a porta.

Não vou ser aquele cara de 18 nas imagens. Aquele cara que tinha como única preocupação o corte de cabelo em dia e o cuidado com o corpo. Livros eram só Romances, Ficções e um ou outro de Filosofia.

Hoje além de prazer leio por necessidade, trabalho e tenho outras preocupações. Carrego um espírito um pouquinho mais calejado, mas farei de tudo para chegar o mais perto possível.

Bendita seja a faxina no quarto.

Bendito seja o DVD.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Racionalmente sentimental.





Caramba, todos os textos que escrevo, e a vontade de ser melhor é por uma única razão: Ela.

Eu não a amo, tampouco sou apaixonado, mas sabe quando você olha para alguém e tem plena certeza de que dali sairia algo bom de se viver?

É como escolher racionalmente quem merece seus sentimentos; é estranho descrever, mas isso é o máximo do que consigo chegar falando dela.

Estamos em um jogo onde ela finge que não sabe do meu interesse e eu finjo que ela não sabe. É um tal de “comer pelas beiradas” que não ta fácil.

Quero chegar e dizer os motivos que me fizeram escolher ela.

Ela é tão interessante. Culta, fala exatamente o que quero ouvir e deseja de fato ser alguém na vida. É ela, não tem como ser outra.

Eu to sentindo tanto medo de deixá-la escapar, mas ao mesmo tempo eu sinto que não posso ir com muita sede. Só não sei se estou na medida certa.


Vamos ver até onde isso vai.